De que junção de dores foste feito, menino de rua?
De que ventre desfeito nasceste?
E porque junto dele não cresceste?
Porque razão da vida,
na podridão das ruas foste abandonado
Nem chegando a saber o que é ser amado...desejado
Quantas lágrimas de sangue choraste
Quanta fome passaste
Quantos os perigos,
que de mãos dadas andam contigo
Tu, que vives sem abrigo
Porque os outros por ti passam,
olham-te... nem te vêm
Porque falam de bondade...
Se nem sabem o que é caridade?
Não te estendem a mão,
Isso não tem perdão!
São pobres...
Mais pobres que tu!
Têm pobreza de espírito...
são eles os dignos de dó
Pobre menino...
Que neste mundo está tão só!
Fátima Rodrigues
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